Tendências e Desafios do Setor de Feiras

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Quarta, 12 Fevereiro 2020 00:00

Tendências e Desafios do Setor de Feiras

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feira feimec divulgacao

Representantes do setor de feiras e eventos se reúnem em evento e discutem as problemáticas, pensam nos desafios e apresentam as tendências 

ESFE 2020

 

Sob o tema MICEberg – o que está por trás de um evento - a ESFE – Encontro do Setor de Feiras realizada nesta terça-feira, 11 de fevereiro de 2020, permitiu muita discussão e reflexão sobre as diversas complexidades do setor, e todos os seus desafios encarados pelos organizadores de eventos, seja o promotor da feira, o centro de convenções e principalmente o investidor no caso a empresa expositora. Foi um dia de muito conteúdo e networking.

Questões ligadas a infraestrutura, logística, retorno sobre o investimento, fomento as experiências do visitante de feiras nortearam os debates. O evento promovido anualmente pelo Grupo Radar & TV, ocorreu no UNIBES Cultural em São Paulo-SP.

Confira em detalhes os debates que abordaram além dos desafios também as tendências do mercado de feiras, abaixo ou se preferir em nosso vídeo no YOUTUBE.

 

PAINEL:  INFRAESTRUTURA DE MOBILIDADE PARA OS EVENTOS

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Keynote Speaker
Antonio Carlos Vieira Arantes, gerente da Central de Operações da CET

Explicou o funcionamento da CET na área de gestão de eventos excepcionais, como as feiras. Todos os eventos passam por um cadastramento, análise técnica para posterior planejamento que envolve o promotor do evento e outros órgãos impactados com o evento, a partir daí se decide toda a logística e comunicação. Ele contou aos participantes, que em parceria com o aplicativo Waze, a CET informa as vias bloqueadas por causa da realização de eventos, organizando assim, o fluxo de trânsito. Ao final, Vieira sugere a promoção de um Calendário único de eventos na cidade de São Paulo, como já ocorre com as corridas de rua geridas pela Secretaria dos Esportes.


Debatedores

Para Daniel Galante, Diretor Geral do São Paulo Expo a interlocução com a CET é positiva e melhora mais quando não há troca de colaborador do órgão durante o planejamento e execução de um evento. André Carvalho da Misul Alimentos, empresa expositora e contratante de eventos expôs a importância dos cuidados com a infraestrutura, a fim de melhorar a experiência do consumidor não somente quando este chega ao evento, mas em todo seu trajeto.

Os promotores de eventos também enfrentam outras questões de logística envolvendo o transito de visitantes aos eventos, como a necessidade da locação de ônibus para levar os visitantes do metrô as feiras, a viabilização de pontos de Uber e as tratativas com os pontos de táxi, enfim tudo o que pode ser feito para levar mais visitantes às feiras de forma mais confortável, relata Paulo Octavio Pereira de Almeida, Vice-presidente Executivo da Reed Exhibitions Alcantara Machado, ele também sugere a criação de uma comissão que reúna os players de eventos da cidade de São Paulo, junto a CET, prefeitura e demais órgãos para organizar o melhor deslocamento das pessoas aos eventos e reduzindo os impactos no transito da cidade.

 

PAINEL: IMPORTÂNCIA DAS FEIRAS PARA A ECONOMIA


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Keynote Speaker

Ana Maria Arango, gerente regional da UFI (The Global Association of the Exhibition Industry) para América Latina apresentou pesquisa realizada pelo instituto, o qual aponta o atual cenário das feiras de negócios na América Latina. Veja alguns dados disponibilizados:

- A UFI possui um monitoramento de feiras em 180 países reunindo 32mil feiras

- Perfil do visitante de feiras: 70% planejam a aquisição de um produto, 81% possuem decisão de compra, 76% solicitam orçamento e 25% fecham contratos

- Estima-se que o PIB do setor de feiras no mundo gira em torno de 3.2 bilhões de dólares, na America Latina o Brasil movimenta $1.9 bilhão de dólares e o México $ 1.2 bilhão de dólares.

Leia também - "2020: Mercado Brasileiro de Feiras Respira Otimismo"

 

Ao final da apresentação Ana Maria expôe as 5 tendências da indústria de feiras:

1. Piking Globalization: diversificar em segmentos de atuação ou localização.
2. Ações Sustentáveis: ações pequenas, a Ufi dispõe em seu site cases de projetos bem-sucedidos de sustentabilidade.
3. Dar confiança: foco no cliente, transparência: na política de preços, no número de expositores e visitantes e depoimentos.
4. Modelos diferentes de negócios incluindo o mundo digital.
5. Únicos e Diversos: compartilhar ideias, diversidade de talentos e gênero, etc.

Debatedores

O setor de feiras e eventos está na Secretaria Municipal do Turismo informou Aline Cardoso da Secretária Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho da cidade de São Paulo. De acordo com dados do Observatório do Turismo a cidade de São Paulo promove 1600 eventos reunindo a visitação de 19 milhões de pessoas movimentando 16 bilhões de reais. A secretária divulgou a intenção da prefeitura em promover um plano organizacional de atividade econômica para o período 2020-2030, contemplando os desafios e potencialidades da cidade, e convida o setor a conversar sobre o tema para expor seus pontos de vista.

Fátima Facuri, Presidente da ABEOC, destacou outras cidades com bons centros de convenções e com vocação para eventos, como Salvador, Rio de Janeiro e Fortaleza e ressaltou a necessidade do setor de feiras e eventos de ter mais políticas públicas favoráveis, seja na capacitação dos profissionais e toda infraestrutura envolta de feiras, como alimentação, hospedagem, áudio visual, cenografia, estandes, além de todo o entretenimento colocado à disposição do participante. Um exemplo de sucesso nesta parceria de governo com o promotor de feiras, foi relatado por Romano Pansera, Fundador da Promovisão sobre sua experiência com a feira da Apas (setor supermercadista), que demandou na última edição a mudança de local e tudo deu certo devido o envolvimento conjunto de ambas as partes.

O governo paulista passa o ano atrás das grandes feiras para apresentar a economia do estado, contando com a participação dos seus governantes, na promoção de reuniões entre diferentes stakeholders na busca de investidores, relata o ex-ministro e atual vice-presidente executivo da InvestSP, Torquato Jardim.

 

ROI: COMO MENSURAR SUA PARTICIPAÇÃO NAS FEIRAS E EVENTOS?

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Keynote Speaker
Ney Neto – Diretor de Inovação da MCI Brasil

O que será transformado a partir da participação em eventos? Esta deveria ser pergunta sobre ROI (Retorno sobre o Investimento). Os indicadores de investimento mudam conforme o evento e o público, sejam patrocinadores, expositores ou visitantes. Há muitos desafios do marketing para definir o ROI, que pede parâmetros qualitativos e principalmente quantitativos requerendo a construção e análise de dados.

O mercado de eventos precisa se aprimorar das ferramentas digitais para medição dos resultados e somar a isso, o desafio de medir a experiência do consumidor, ou melhor do visitante de feiras.

Ney Neto, provocou o público a pensar que eventos precisam deixar o digital do online para o ao vivo e introduzir os temas das áreas de bigdata, spams e Lei de Proteção de dados em suas rotinas.


Leia também - Por que participar de feiras de negócios?


Debatedores

Apresentar o retorno do investimento pautado exclusivamente no financeiro, não é a missão do marketing e das ações promocionais. Para Roberta Nonis – Fundadora e CEO da Evento Único Consultoria, o conceito ROI para eventos é diferente do que se conhece hoje no mercado financeiro. Por exemplo, para medir a efetividade de presença do público é imprescindível saber e conhecer o público. “O ROI vai além de medir vendas e lucro é preciso medir o valor”, Roberta completa dizendo que para as feiras o indicador pode ser medido pela quantidade de visitantes, leads, propostas, etc.

Estes indicadores propostos foram lembrados também pela Clélia Iwaki - Diretora de Núcleo da Informa Markets Brasil, que relatou como a experiência do visitante é uma preocupação da empresa. "Nosso trabalho é entender o cliente e fechar parceria com ele para juntos definir o que se espera da feira." Clélia colocou que para ser relevante tem de pensar no indivíduo e isso é uma mudança de midset.

Muitas vezes a dificuldade em apresentar os resultados do investimento em feiras, parte da claridade dos objetivos, assim pensa Paulo Octavio Pereira de Almeida – Vice-presidente Executivo da Reed Exhibitions Alcantara Machado, “É preciso que os projetos contemplem, com maior claridade, seus objetivos do que se espera do evento. A dinâmica passa pela simplicidade.” Ponto este enaltecido também pelo Fernando Lummertz – CEO da Rede Feiras.

 

PAINEL: EXPERIÊNCIAS

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Keynote Speaker
Pierre Mantovani - CEO da CCXP


A empresa de Omelete Company promotora da CCXP, maior evento de cultura pop do mundo, em sua última edição reuniu 280 mil pessoas em 4 dias de evento, que envolve muito entretenimento e feiras de negócios. Mantovani contou que tudo começou com um excelente site de conteúdo que proporcionou um profundo conhecimento do seu público, a partir daí inseriu um e-commerce e depois o evento. O sucesso do evento o levou para a promoção também na Alemanha. A empresa também promove a GameXP, primeiro gameparker mundial focado 100% na verdadeira importância da experiência ao consumidor.


Debatedores

O público presente na ESFE pode vibrar com os vídeos de apresentação dos eventos de entretenimento e pensar que os organizadores de feira devem buscar com seus expositores formas de propor maior experiência aos visitantes. E esta foi a reflexão proposta por Mauricio Magalhães – Sócio proprietário na Mundo Real, “Os eventos para proporcionar experiência devem gerar conteúdo que foi e será projetado para além do dia do evento”.

Muitas vezes a tecnologia é o melhor aliado para propor experiência ao usuários, como bem lembrou Guilherme Miotto – Sócio-Diretor do Grupo Hoffmann, “Podemos colocar a tecnologia a favor do evento, para construir novas experiências”.

Por fim, a qualidade da experiência também deve ser pensada, como lembra Leandro Lara - Diretor de Portfolio da Reed Exhibitions Alcantara Machado, “Experiências negativas muitas vezes ficam mais na memória do consumidor do que as positivas”. Ele entende que a feira B2B é demandada pelos expositores e visitantes e a partir deste conhecimento se estruturam as feiras. A Reed conta com uma ferramenta de medição da satisfação do visitante que muito contribui na criação de diferentes tipos de experiências adequada a cada evento.

 

 

Eliane Bastos
Editora do Portal Feiras Industriais

 

Visto 5967 vezes Última modificação em Segunda, 17 Fevereiro 2020 13:21
Redação

Eliane Bastos
Consultora de Marketing da Ello Consultores
Publisher no portal Feiras Industriais
Blogueira no Marketerapia

 

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