Apesar do número positivo, as feiras de negócios foram diretamente atingidas pelo descompasso da economia, tendo por consequência eventos cancelados, adiados ou com menor metragem quadrada ocupada nos pavilhões de eventos. De acordo com Carlos Jung, Presidente da Diretriz Feiras e Eventos, a crise no biênio 2015-2016, fez com que muitos organizadores de feiras reduzissem em até 30% do espaço ocupado em suas edições anteriores.Infelizmente, o número de expositores também diminuiu, em aproximadamente 8%, conforme informado por Armando Arruda Pereira de Campos Mello, Presidente Executivo da UBRAFE – União Brasileira dos Promotores de Feiras.
Mas nem por isto, o setor deixou de inovar para atrair visitantes e expositores.Uma das ações é a promoção de palestras e simpósios, que aumentam a circulação de pessoas e informações e agregam valor à participação em feiras, conforme relatou Jamil Abdala presidente da Francal Feiras, em entrevista ao Portal Feiras Industriais. Em outra ponta, a Informa Exhibitions lançou novas feiras neste ano: a FEIMEC- Feira Internacional de Máquinas e Equipamentos, realizada em maio, e outras duas a serem realizadas em 2017: Expomafe e Plástico Brasil. “Apesar da economia estacionada e a falta de segurança das empresas em investir nas compras de máquinas e equipamentos, muitos aderiram à participação em uma nova feira do setor”, disse em entrevista Marco Basso CEO Informa Group Brazil.
Já outras feiras superaram as expectativas, apesar das dificuldades na economia, como a Bienal do Livro e Salão do Automóvel, “...grandes eventos com foco no público final”, explica Paulo Octavio Pereira de Almeida, vice-presidente executivo da Reed Exhibitions Alcantara Machado. E outras como “a Autopar– Feira de Fornecedores da Indústria Automotiva, extrapolou todas as expectativas, com um recorde de visitação, registrando a presença de aproximadamente 50.000 visitantes, com profissionais oriundos de mais de 10 países.”, disse Jung.
De acordo com Cecília Milanez Milaneze, CEO do Grupo Milanez & Milaneze,o momento ainda é de grandes desafios na política e economia brasileira, entretanto, em 2016 as feiras demonstraram que são alavancas indutoras para a geração de negócios para diversos segmentos econômicos. Para ela, ainda há muito a se fazer, “e as feiras são ótimos instrumentos para geração de negócios e busca de novos mercados.”
Reportagem: Feiras Industriais
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