As empresas querem um corte bilionário ainda maior nos subsídios a projetos que provocam a destruição de ecossistemas e a perda de biodiversidade. Essa foi a proposta apresentada pela Business for Nature (BfN), entidade global que reúne o setor empresarial e que no Brasil é representada pelo CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), na abertura da reunião promovida pela ONU para discutir o novo Marco da Biodiversidade, que está sendo realizada em Genebra, Suíça. A atual proposta em discussão é de reduzir em US$ 500 bilhões a cada ano a verba para iniciativas que degradam a biodiversidade, mas o setor empresarial quer que o valor cresça.
Com o entendimento de que a transição para uma economia mais verde passa necessariamente por soluções baseadas na natureza, o brasileiro Marcelo Behar, vice-presidente da Natura & Co., falou em nome do CEBDS e da BfN. Ele citou estudo do B Team e da Business for Nature que indica que o mundo está gastando pelo menos US$ 1,8 trilhão todos os anos em setores-chave, o que equivale a 2% do PIB global, em subsídios desse tipo.
A reunião organizada pela ONU discute o novo Marco da Biodiversidade, um documento que trará metas globais para preservar a natureza até 2030. O assunto está sendo debatido por 196 países, entre eles o Brasil - a nação que tem a maior biodiversidade do mundo.
"As próprias empresas estão pedindo uma revisão robusta na questão dos subsídios. Além disso, o setor empresarial defende a adoção de ações para reverter a perda de biodiversidade até 2030 e a definição de requisitos obrigatórios para que as empresas avaliem e divulguem seus impactos e dependências, e que evitem impactos negativos diretos, reduzindo pela metade os impactos negativos indiretos", conclui Henrique Luz, coordenador técnico que representa o CEBDS no encontro.
Sobre CEBDS
O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) é uma associação civil sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento sustentável por meio da articulação junto aos governos e a sociedade civil, além de divulgar os conceitos e práticas mais atuais do tema.
Fonte: Assessoria Imprensa